AVALIAÇÃO DE FOSFATO EM REFRIGERANTES COMO POTENCIAL CAUSADOR DE HIPERFOSFATEMIA POR SOBRECARGA EXÓGENA DO ÍON POLIATÔMICO

Autores

  • Adna Tamires da Silva Lima Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Daniel Ângelo Macena Universidade Virtual do Estado de São Paulo-UNIVESP
  • Vinicius Marques Gomes Unoeste

Palavras-chave:

Bebidas não alcoólicas; Eletrólito do corpo; Ligação química.

Resumo

O refrigerante é um dos produtos mais consumidos no Brasil. Por conter íons de fosfato na composição, o descontrole da ingestão do mineral fósforo, pode causar a hiperfosfatemia. Diante disto, o objetivo foi avaliar fosfato em refrigerantes de diferentes tipos e investigar se adequados para ser ingerido conforme a recomendação diária com auxílio da técnica de espectrofotometria visível para bebidas não alcoólicas. Conforme os resultados, apenas o refrigerante do tipo guaraná apresentou estar de acordo com a legislação vigente, que permite até 0,07% de fosfato, e seguro para ingestão diária para adultos saudáveis. Já o refrigerante do tipo cola resultou em total desacordo com legislação e completamente inadequado para consumo. Portanto, órgãos fiscalizadores devem se atentar com outros fatores de riscos presentes na composição do produto por ser uma bebida muito consumida e com alto potencial causador de hiperfosfatemia.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Vinicius Marques Gomes, Unoeste

    Areá-Química. Atua nas áreas de Química Analítica e Química Ambiental nos seguintes temas: solos, águas, sedimentos, metais potencialmente tóxicos e substâncias húmicas.

Referências

ALONSO, M. B. C. C. Avaliação da densidade mineral óssea, conteúdo mineral ósseo e níveis séricos de cálcio, fósforo e magnésio em ratos submetidos à dieta diária de café e refrigerantes à base de cola e guaraná. 2015. 64 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Piracicaba, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/288533>. Acesso em: 04 ago. 2019.

APOVIAN, C. M. Sugar-sweetened soft drinks, obesity, and type 2 diabetes. Jama, v. 292, n. 8, p. 978-979, 2004.

BNDES. O setor de bebidas no Brasil. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São Paulo, 2014.

BASU, S. et al. Relationship of soft drink consumption to global overweight, obesity, and diabetes: a cross-national analysis of 75 countries. American journal of public health, v. 103, n. 11, p. 2071-2077, 2013.

BIGGS, S.; DUNN, J.; YAO, M. Beyond the sugar: Chemicals in sodas and their link to systemic diseases and oral health. 2017.

BRASIL. Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977: Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 1977.

CHAVES, Otaviana Cardoso et al. Soft drink consumption and body mass index in Brazilian adolescents: National Adolescent Student Health Survey. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 21, 2018.

DA SILVA, A. L. A.; JUNIOR, A. I. S.; DE CASTRO, J. P.; BENTO, R. M. A. TREINAMENTO DE PROFESSORES EM ANÁLISE INSTRUMENTAL – ESPECTROFOTOMETRIA. 53º Congresso Brasileiro de Quimica – 14 a 18 de Outubro de 2013. Rio de Janeiro/RJ. Associação Brasileira de Química. 2013.

DHINGRA, Ravi et al. Relations of serum phosphorus and calcium levels to the incidence of cardiovascular disease in the community. Archives of internal medicine, v. 167, n. 9, p. 879-885, 2007.

FELIX, L. C. M.; MEDEIROS, V. C. M.; MOLINA, V. B. C. Análise do conhecimento e consumo de alimentos fontes de fósforo por pacientes portadores de insuficiência renal crônica em tratamento dialítico. Braspen J, v. 33, n. 1, p. 15-20, 2018.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v.1:

LOH, T. P.; SAW, S.; SETHI, S. K. Hyperphosphatemia in a 56-year-old man with hypochondrial pain. Clinical chemistry, v. 56, n. 6, p. 892-895, 2010.

LUDWIG, D. S.; PETERSON, K. E.; GORTMAKER, S. L. Relation between consumption of sugar-sweetened drinks and childhood obesity: a prospective, observational analysis. The Lancet, v. 357, n. 9255, p. 505-508, 2001.

MATEO, C. R. El fosfato marca la diferencia. XVI Edición del Carnaval de Química. Hablando de Ciencia. 2012. Disponível em: https://www.hablandodeciencia.com/articulos/2012/06/28/sutiles-cambios-quimicos-drasticas-consecuencias-para-la-funcion-de-las-proteinas/. Acesso em: 01 ago 2019.
Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. Sao Paulo: IMESP, 3. ed., 1985. p 33.

MOE, S. M. Disorders involving calcium, phosphorus, and magnesium. Primary Care: Clinics in Office Practice, v. 35, n. 2, p. 215-237, 2008.

MOSTELLAR, M. E.; TUTTLE, E. P. Effects of alkalosis on plasma concentration and urinary excretion of inorganic phosphate in man. The Journal of clinical investigation, v. 43, n. 1, p. 138-149, 1964.

NOORI, Nazanin et al. Association of dietary phosphorus intake and phosphorus to protein ratio with mortality in hemodialysis patients. Clinical Journal of the American Society of Nephrology, v. 5, n. 4, p. 683-692, 2010.

OHNISHI, Mutsuko; RAZZAQUE, M. Shawkat. Dietary and genetic evidence for phosphate toxicity accelerating mammalian aging. The FASEB Journal, v. 24, n. 9, p. 3562-3571, 2010.

OLIVEIRA, P. H. D.; LUSTOSA, P. R. B.; SALES, I. C. H. Comportamento de custos como parâmetro de eficiência produtiva: uma análise empírica da companhia Vale do Rio Doce antes e após a privatização. Revista Universo Contábil, v. 3, n. 3, p. 54-70, 2007.

ORIAS, M.; MAHNENSMITH, R. L.; PERAZELLA, M. A. Extreme hyperphosphatemia and acute renal failure after a phosphorus-containing bowel regimen. American journal of nephrology, v. 19, n. 1, p. 60-63, 1999.
PRINCE, M. J. et al. Hyperphosphatemic tumoral calcinosis: association with elevation of serum 1, 25-dihydroxycholecalciferol concentrations. Annals of Internal Medicine, v. 96, n. 5, p. 586-591, 1982.

RITZ, Eberhard et al. Phosphate additives in food—a health risk. Deutsches Ärzteblatt International, v. 109, n. 4, p. 49, 2012.

SCHAEFER, K. Unsatisfactory control of serum phosphate: Why is it so common and what can be done?. 1994.

SHAMAN, A. M.; KOWALSKI, S. R. Hyperphosphatemia management in patients with chronic kidney disease. Saudi Pharmaceutical Journal, v. 24, n. 4, p. 494-505, 2016.
SHI, Z. et al. Soft drink consumption and multimorbidity among adults. Clinical nutrition ESPEN, v. 10, n. 2, p. e71-e76, 2015.

SILVA, A. C. S.; PINHEIRO, S. V. B.; SOUTO, M. F. O. Distúrbios de cálcio e fósforo na infância. Rev Med Minas Gerais, v. 16, n. 1, p. 26-37, 2006.

SILVA, D. C. G. da et al. Consumo de bebidas açucaradas e fatores associados em adultos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 899-906, 2019.

URIBARRI, J. Phosphorus homeostasis in normal health and in chronic kidney disease patients with special emphasis on dietary phosphorus intake. In: Seminars in dialysis. 2007. p. 295-301.

WILLETT, W. Eat, drink, and be healthy: the Harvard Medical School guide to healthy eating. Simon and Schuster, 2017.

ZHENG, H.; HUANG, L.; ROSS JR, W. Reducing Obesity by Taxing Soft Drinks: Tax Salience and Firms’ Strategic Responses. Journal of Public Policy & Marketing, p. 0743915619845424, 2019.

Downloads

Publicado

2019-10-29

Como Citar

AVALIAÇÃO DE FOSFATO EM REFRIGERANTES COMO POTENCIAL CAUSADOR DE HIPERFOSFATEMIA POR SOBRECARGA EXÓGENA DO ÍON POLIATÔMICO . (2019). Colloquium Exactarum. ISSN: 2178-8332, 11(3), 54-62. https://revistas.unoeste.br/index.php/ce/article/view/3260

Artigos Semelhantes

1-10 de 40

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>