DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE Zea mays MATRICONDICIONADAS SOB DIFERENTES TEMPERATURAS

Autores

  • Alexandre Hack Porto UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
  • Carlos Kosera Neto UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco
  • Jean Carlo Possenti UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco
  • Edgar de Souza Vismara UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Dois Vizinhos
  • Lilian de Souza Vismara UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco
  • Thayllane de Campos Siega UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco

Palavras-chave:

: Milho; pré-hidratação; condicionamento osmótico; desempenho fisiológico; vigor

Resumo

O uso de sementes de alta qualidade reflete diretamente sobre o resultado final do plantio, estabelecimento da cultura e produtividade. A velocidade de entrada de água nas sementes e a temperatura são fatores cruciais no processo germinativo. Por isso, objetivou-se quantificar o ganho de água de sementes de milho submetidas a matricondicionamento sob quatro temperaturas (10; 15; 20 e 25 °C), bem como, avaliar a qualidade fisiológica destas sementes em função da pré-hidratação controlada. Foram usadas sementes C1, sem tratamento químico, de dois lotes do híbrido de milho 30F53YH. A curva do teor de água foi determinada a partir de oito repetições de duzentas sementes via análise de regressão da porcentagem de teor de água em função dos intervalos de tempo de, 2; 4; 6; 10; 14; 18 e; 24 horas de embebição. Em sequência, vários testes foram realizados para identificar a qualidade fisiológica das sementes. Ao final das 24 horas de avaliação, ambos os lotes apresentaram maior porcentagem de umidade quando matricondicionadas à temperatura de 25°C. Os resultados permitiram concluir que a qualidade fisiológica das sementes de milho foi afetada pela hidratação controlada e que as maiores temperaturas de embebição proporcionam a expressão de maior vigor nas plântulas e inferindo que a técnica de matricondicionamento se mostrou eficaz para realizar o condicionamento osmótico de sementes desta espécie.

O uso de sementes de alta qualidade reflete diretamente sobre o resultado final do plantio, estabelecimento da cultura e produtividade. A velocidade de entrada de água nas sementes e a temperatura são fatores cruciais no processo germinativo. Por isso, objetivou-se quantificar o ganho de água de sementes de milho submetidas a matricondicionamento sob quatro temperaturas (10; 15; 20 e 25 °C), bem como, avaliar a qualidade fisiológica destas sementes em função da pré-hidratação controlada. Foram usadas sementes C1, sem tratamento químico, de dois lotes do híbrido de milho 30F53YH. A curva do teor de água foi determinada a partir de oito repetições de duzentas sementes via análise de regressão da porcentagem de teor de água em função dos intervalos de tempo de, 2; 4; 6; 10; 14; 18 e; 24 horas de embebição. Em sequência, vários testes foram realizados para identificar a qualidade fisiológica das sementes. Ao final das 24 horas de avaliação, ambos os lotes apresentaram maior porcentagem de umidade quando matricondicionadas à temperatura de 25°C. Os resultados permitiram concluir que a qualidade fisiológica das sementes de milho foi afetada pela hidratação controlada e que as maiores temperaturas de embebição proporcionam a expressão de maior vigor nas plântulas e inferindo que a técnica de matricondicionamento se mostrou eficaz para realizar o condicionamento osmótico de sementes desta espécie.

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Biografia do Autor

  • Alexandre Hack Porto, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

    Doutorando do Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGAG) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR - Via do Conhecimento, KM 01, - Fraron, Pato Branco – PR – Brasil. 85503-390. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3921-7592. Email: porto@alunos.utfpr.edu.br

  • Carlos Kosera Neto, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco

    Doutorando do Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGAG) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR - Via do Conhecimento, KM 01, - Fraron, Pato Branco – PR – Brasil. 85503-390.

  • Jean Carlo Possenti, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco

    Professor do Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGAG) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR - Via do Conhecimento, KM 01, - Fraron, Pato Branco – PR – Brasil. 85503-390.

  • Edgar de Souza Vismara, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Dois Vizinhos

    Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR -Estrada para Boa Esperança, KM 04, - Dois Vizinhos – PR - Brasil. 86660-000.

  • Lilian de Souza Vismara, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco

    Doutorando do Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGAG) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR - Via do Conhecimento, KM 01, - Fraron, Pato Branco – PR – Brasil. 85503-390.

  • Thayllane de Campos Siega, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - Câmpus Pato Branco

    Doutorando do Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGAG) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR - Via do Conhecimento, KM 01, - Fraron, Pato Branco – PR – Brasil. 85503-390.

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Publicado

2020-06-03

Como Citar

DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE Zea mays MATRICONDICIONADAS SOB DIFERENTES TEMPERATURAS. (2020). Colloquium Agrariae. ISSN: 1809-8215, 16(3), 60-71. https://revistas.unoeste.br/index.php/ca/article/view/3126

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